sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

A individualização da vida do ser é solidão


Há momentos que na vida pensamos em olhar atrás e é preciso pedir ajuda para poder continuar...

Essa canção religiosa aponta uma expressão vívida da alma de muitos homens e mulheres, a angústia e o desespero presentes na existência humana. Porque existir é doloroso na medida em que os homens caminham só. 

Talvez essa seja uma expressão maior do quanto o individualismo pregado na sociedade nos coloca numa tremenda solidão. Estruturas que nos abortam enquanto seres sociais. 

Acho lindo como essa canção singela expõe as nossas fragilidades e a necessidade de ser coletivo. E há muitas críticas subjetivas que faço aqui, mas que guardo pra mim. 

Na expressão de sua fé esse ser social apela para a sua entidade mítica, que nesse caso é expressão de coletividade, irmandade e comunhão. 

Então, deve-se compreender que a maior demonstração de amor é partilhar da comunhão universal.

É hipocrisia afirmar que ama, ao permanecer em movimentos individualistas.

Os homens precisam compreender que ser social significa extensionar braços e mãos. 

Somos seres sociais coletivos e isto é tudo o que temos.

Precisamos ajudar a carregar as cargas uns dos outros.

Mais que isso¹ Precisamos diminuí-las com ações justas que busquem uma maior unidade de valor social e coletivo.

As cargas podem ser leves, na medida em que os homens busquem políticas sociais e econômicas que garantam alteridade.


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