A vivência é uma escola lúcida, porque ensina pelos sentidos o sentido do sentir, lhe dotando de significado subjetivo e intersubjetivo. A vivência é social dada pelo meio, mas o constructo do sentir é de início singular.
É social, pois na medida em que ocorrem interações, na externalidade, com os objetos pertencentes ao meio ambiente, constitui-se relacional, ou seja; é em si mesmo relação.
Uma relação que proporciona experiências que sempre passam pelos sentidos. Elas se apresentam na imediaticidade, como sensações positivas ou negativas e; entre estes dois polos estanques.
É singular porque a partir destas apreensões sensoriais os indivíduos sociais formarão o arcabouço do sentido que cada um apreende no momento exato da vivência.
É significante apropriado de determinada realidade. Pode-se dizer que as infinitas subjetividades constituem uma gama de intersubjetividades irrestritas.
É claro que as condições materiais em que estas experiências ocorrem são variáveis determinantes do sentir vivido, significado, conceituado e compartilhado.
Por esta razão é impossível garantir uma hegemonia do sentir, já que para que algo seja hegemônico é preciso que todos os seres sociais sintam da mesma forma e sejam dominados por um único sentido ideológico.
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