O ódio é ruim? Essa pergunta já traz em si um determinismo conceitual. A pergunta deveria ser: por que sente-se tanto ódio?
Por que essa potência domina os seres?
O equilíbrio desta força atômica é condutor de condicionamento. Seja com razão ou sem, o ódio em si é uma força em movimento, seja para resgatar o controle, seja para proteger o controle.
Ela é realmente oposta ao amor? Estão em oposição?
Amar, é força em movimento tal qual o ódio, que objetiva controlar o objeto amado. Ora esta força dinâmica aparece em ódio, ora aparece em amor.
Atomismos que se interligam na força, sendo; portanto, sincrônicas. É potência única, pois nas duas forças há "dinamus" que explode a razão.
Já ouviu a expressão: matou por amor?
Tanto o amor quanto o ódio são desrazões. Sua força primitiva é irracional.
Dominados por eles tudo é excesso.
Culpabilizam-se as regras e normas criadas em oposição a essa força atômica, mas elas apenas vêm em oposição a natureza explosiva da vazão humana da emoção extrema, na retomada da razão.
Em choque diante da materialidade o ser pode dominá-la e denominá-la, recortando-a em colchas de retalhos.
Em retalhos, tornam-se partículas atomísticas. Passíveis de serem desvendáveis. Agora, repartidas, lidas com cautela, separam a potência em duas. E de duas tornam-se milhares de possibilidades.
Aprioristicamente, este fenômeno sensível é em si pura matéria instintual, força motriz dos ataques e recuos. Torna-se razão pela tomada da consciência sensível. Agora, como possibilidade nominável.
Metafisicamente, amar parece melhor que odiar. No entanto, são polos distintos pareados. Cuja potência é a mesma.
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