Criminalidade e
Violência
Foco sociológico
Relação com o todo –
estruturas sociais e culturais
Transcende o senso
comum
Temas cotidianos –
expressa opinião e pensamento.
A visão
do senso comum ou popular aborda a violência como um
mecanismo que resulta da experiência diária das pessoas.
Criminalidade e
Violência
São
fenômenos distintos
Crimes
não violentos, atos violentos não criminosos - “Olhar da lei ESTATAL”, por exemplo: A guerra ou a Revolução (Figura 2) Violência socialmente
aceita: esporte (Figura 3)
A
violência é parte das relações que compõem a sociedade e, consequentemente,
segundo Roberto DaMatta (1982), sua condição
de “normalidade” é precisamente o
fato de ser reprimida e evitada.
Esporte
Associadas, porém
distintas enquanto fenômeno
O QUE INTERESSA A SOCIOLOGIA, ENTÃO?
Vandalismo,
homicídios, suicídios, teorias do Direito, de criminologia, guerras e conflitos
sociais.
Análise científica
(isenta)
Olhar sociológico
VIOLÊNCIA
É como uma célula
doente que é contida pela defesa orgânica, a taxa dessas unidades mórbidas é
alta e precisam individualmente serem tratadas.
AMARAL, Luiz Otávio Obras e Ensaios Jurídicos
Cada
sociedade estabelece até que ponto há de tolerar a violência.
O
limite à violência é legal e sobretudo social.
Dir-se-ia
que a violência quando guiada por valores ético-sociais, não pode ser
descartada, mas é um mal necessário para a evolução.
VOGT, Carlos.
(IN)VELHO, Gilberto (antropólogo) www.comciencia.br
A
manipulação de poder, a corrupção e o uso da força são aceitos, tolerados e
mesmo valorizados, tendo papel fundamental na manutenção do sistema social.
A
violência foi legitimada historicamente na sociedade brasileira.
Isso
nos coloca em pé de igualdade com países em guerra civil.
ONG acusa polícia do Rio de criminalizar a pobreza
Em
entrevista à BBC Brasil, o diretor-executivo da ONG Viva Rio, Rubem César
Fernandes, afirma que, desde o final da década de 80, o Rio vive picos de
violência "em um padrão que se repete", mas que, apesar disso, o
número de homicídios vem caindo.
"Para
a população, é o horror de sempre. Em um confronto tão violento, em um
território tão pequeno, tão denso, é inevitável que ocorram erros", disse.
"É uma lógica que nos coloca em um ambiente de insegurança radical, a
própria polícia fica insegura."
Violência e Corrupção
Violência
fenômeno socioeconômico, mas também ético-moral
Violência Urbana
Designa o fenômeno social de comportamento transgressor e agressivo do convívio humano.
Típico
de grandes cidades.
Esta
ligada às condições sociais e de vida impostas no espaço urbano.
É
evidente pelo alto índice de criminalidade.
Infração
dos códigos elementares de conduta civilizada.
Alguns
países impingem a outros seu modelo de violência.
Populações
de países mais pobres aprendem e reproduzem processos violentos originários de
expressões artísticas que tem a violência como tema principal.
Manifestações
mais extremadas ocorrem em sociedades onde há tradição cultural de violência e
divisões étnicas, sociais e econômicas.
A
violência resulta de tensões sociais:
Desigualdade
Estrutura
“não menos violenta” de privilégios.
A
violência se agrava em países cujo funcionamento é precário dos mecanismos de
controle social, político e jurídico.
No Brasil:
Instituições frágeis,
profunda desigualdade econômica, tradição cultural de violência.
Realidade violenta
por esta causa.
Causas:
1.Aceitação social da
ruptura das normas jurídicas;
2.Desrespeito a noção
de cidadania e de direito;
3.Violência dos agentes
de Estado contra os mais pobres;
4.Descompromisso com as
regras de convívio aceita com certa indiferença;
Isso reforça a cultura e o modo como o
País enxerga o pobre e a violência que está relacionada a ele.
São comuns e corriqueiras nas grandes cidades:
1.Impunidade do uso da
tortura pela polícia (investigação);
2.Ocupação de espaço
público por camelô;
3.Infração de trânsito;
4.Incompetência
administrativa;
5.Negligência de toda
forma de acidente;
6.Desrespeito ao
consumidor;
Violência Urbana e
graves violações de direitos humanos
A problemática da violência tornou-se
objeto de discussão e interesse de especialistas.
Pesquisas apontam para o seguinte fenômeno:
üBaixa credibilidade
das instituições de segurança e justiça junto a população;
A sociedade brasileira tem acompanhado o aumento da
violência e da criminalidade, ao mesmo tempo, observa a ausência de resposta
por parte da polícia e para enfrentar o crime a impunidade.
Não há no Brasil
uma base nacional de dados sobre:
Criminalidade;
Roubo;
Estupro;
Sequestro.
Roubo;
Estupro;
Sequestro.
Há déficit então
de informação – registros policiais – impossibilidade de análise comparativa.
A
única base de registro de dados são os homicídios, proporcionando comparação em
relação à segurança pública.
Os homicídios dolosos corresponde a 35,7% dos óbitos.
1980 a 1998. Os homicídios vem aumentando tendência de crescimento como causa
externa de mortalidade.
A violência vem crescendo em ritmo considerável em todo
país. É necessário relativizar estas frequências com base em diferentes
variáveis.
As variáveis observadas seriam: região, sexo, faixa
etária, nível socioeconômico.
Embora o senso comum vincule o aumento da
criminalidade ao aumento da pobreza, não se pode omitir o fato de que o
empobrecimento de largas camadas da população tem sido resultado de um
crescimento econômico desordenado e da distribuição desigual da riqueza.
São assim definidos os crimes praticados por agentes do
estado contra a população, seja no exercício legal de suas atividades, seja
atuando para além delas.
Incluímos
sob esta
rubrica aqueles
crimes que são praticados por cidadãos comuns, que tomam para si a função de
aplicar a Justiça, “estimulados” pela ausência do estado em seu papel de
regulador público da violência e pelo mau funcionamento das instituições de
segurança e justiça.
De
todas as mudanças que ocorrem no cenário político brasileiro, as práticas
policiais sofreram poucas mudanças.
Sua
principal característica tem sido o uso excessiva da força, expresso, por um
lado, na desproporcionalidade de agentes por caso, em média, e, por outro, nas
altas taxas de letalidade em que resultam os confrontos.
A
ausência de respostas do poder pública nestes casos somente contribui para
agravar o quadro de descrédito destas instituições junto à população.
Referências Bibliográficas:
KUPPER, Agnaldo. Sociologia
Livro Único.
1ed. São Paulo: Editora Poliedro. 2010. 281p.
SORJ,
Bernardo. brasil@povo.com: a luta contra a desigualdade na Sociedade da
Informação. Rio de Janeiro : Jorge Zahar ED. ; Brasília, DF: Unesco,
2003.
GULLO,
Álvaro de Aquino e Silva. Violência urbana: um problema social. Tempo Social; Rev.
Sociol. USP, S. Paulo, 10(1): 105-119, maio de 1998.
OBJETIVO.
Caderno de Sociologia: material modular 9. Criminalidade e Violência. 2015. 6p.
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