sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

VIOLÊNCIA SOCIAL


Árvore da Violência Social
Criminalidade e Violência
Foco sociológico
Relação com o todo – estruturas sociais e culturais
Transcende o senso comum
Temas cotidianos – expressa opinião e pensamento.

A visão do senso comum ou popular aborda a violência como um mecanismo que resulta da experiência diária das pessoas.
Criminalidade e Violência
São fenômenos distintos
Crimes não violentos, atos violentos não criminosos - “Olhar da lei ESTATAL”, por exemplo: A guerra ou a Revolução (Figura 2) Violência socialmente aceita: esporte (Figura 3)
A violência é parte das relações que compõem a sociedade e, consequentemente, segundo Roberto DaMatta (1982), sua condição de “normalidade” é precisamente o fato de ser reprimida e evitada.

Guerra ou Revolução



Esporte

VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
Associadas, porém distintas enquanto fenômeno
O QUE INTERESSA A SOCIOLOGIA, ENTÃO?
Vandalismo, homicídios, suicídios, teorias do Direito, de criminologia, guerras e conflitos sociais.
Análise científica (isenta)
Olhar sociológico
Violência: fenômenos da exclusão, preconceito e pobreza.

VIOLÊNCIA

É como uma célula doente que é contida pela defesa orgânica, a taxa dessas unidades mórbidas é alta e precisam individualmente serem tratadas.

AMARAL, Luiz Otávio Obras e Ensaios Jurídicos

Cada sociedade estabelece até que ponto há de tolerar a violência.
O limite à violência é legal e sobretudo social.
Dir-se-ia que a violência quando guiada por valores ético-sociais, não pode ser descartada, mas é um mal necessário para a evolução.

VOGT, Carlos. (IN)VELHO, Gilberto (antropólogo) www.comciencia.br

A manipulação de poder, a corrupção e o uso da força são aceitos, tolerados e mesmo valorizados, tendo papel fundamental na manutenção do sistema social.
A violência foi legitimada historicamente na sociedade brasileira.
Isso nos coloca em pé de igualdade com países em guerra civil.

Chacina Candelária e Vigário Geral (1993)


ONG acusa polícia do Rio de criminalizar a pobreza

Em entrevista à BBC Brasil, o diretor-executivo da ONG Viva Rio, Rubem César Fernandes, afirma que, desde o final da década de 80, o Rio vive picos de violência "em um padrão que se repete", mas que, apesar disso, o número de homicídios vem caindo.
"Para a população, é o horror de sempre. Em um confronto tão violento, em um território tão pequeno, tão denso, é inevitável que ocorram erros", disse. "É uma lógica que nos coloca em um ambiente de insegurança radical, a própria polícia fica insegura."

Violência e Corrupção


Violência fenômeno socioeconômico, mas também ético-moral

Pobreza versus Violência


Violência Urbana

Designa o fenômeno social de comportamento transgressor e agressivo do convívio humano.
Típico de grandes cidades.
Esta ligada às condições sociais e de vida impostas no espaço urbano.
É evidente pelo alto índice de criminalidade.
Infração dos códigos elementares de conduta civilizada.
Alguns países impingem a outros seu modelo de violência.
Populações de países mais pobres aprendem e reproduzem processos violentos originários de expressões artísticas que tem a violência como tema principal.
Exemplo: O CINEMA.
Manifestações mais extremadas ocorrem em sociedades onde há tradição cultural de violência e divisões étnicas, sociais e econômicas.
A violência resulta de tensões sociais:
Desigualdade
Estrutura “não menos violenta” de privilégios.
A violência se agrava em países cujo funcionamento é precário dos mecanismos de controle social, político e jurídico.
No Brasil:
Instituições frágeis, profunda desigualdade econômica, tradição cultural de violência.
Realidade violenta por esta causa.
    Causas:
1.Aceitação social da ruptura das normas jurídicas;
2.Desrespeito a noção de cidadania e de direito;
3.Violência dos agentes de Estado contra os mais pobres;
4.Descompromisso com as regras de convívio aceita com certa indiferença;
  Isso reforça a cultura e o modo como o País enxerga o pobre e a violência que está relacionada a ele. 
São comuns e corriqueiras nas grandes cidades:
1.Impunidade do uso da tortura pela polícia (investigação);
2.Ocupação de espaço público por camelô;
3.Infração de trânsito;
4.Incompetência administrativa;
5.Negligência de toda forma de acidente;
6.Desrespeito ao consumidor;

Violência Urbana e graves violações de direitos humanos

A problemática da violência tornou-se objeto de discussão e interesse de especialistas.
Pesquisas apontam para o seguinte fenômeno:
üBaixa credibilidade das instituições de segurança e justiça junto a população;
A sociedade brasileira tem acompanhado o aumento da violência e da criminalidade, ao mesmo tempo, observa a ausência de resposta por parte da polícia e para enfrentar o crime a impunidade.
Não há no Brasil uma base nacional de dados sobre:
      Criminalidade;
Roubo;
Estupro;
Sequestro.
 Há déficit então de informação – registros policiais – impossibilidade de análise comparativa.
 A única base de registro de dados são os homicídios, proporcionando comparação em relação à segurança pública.
 Os homicídios dolosos corresponde a 35,7% dos óbitos. 1980 a 1998. Os homicídios vem aumentando tendência de crescimento como causa externa de mortalidade.
 A violência vem crescendo em ritmo considerável em todo país. É necessário relativizar estas frequências com base em diferentes variáveis.
 As variáveis observadas seriam: região, sexo, faixa etária, nível socioeconômico.
 Embora o senso comum vincule o aumento da criminalidade ao aumento da pobreza, não se pode omitir o fato de que o empobrecimento de largas camadas da população tem sido resultado de um crescimento econômico desordenado e da distribuição desigual da riqueza.
São assim definidos os crimes praticados por agentes do estado contra a população, seja no exercício legal de suas atividades, seja atuando para além delas.
Incluímos sob esta rubrica aqueles crimes que são praticados por cidadãos comuns, que tomam para si a função de aplicar a Justiça, “estimulados” pela ausência do estado em seu papel de regulador público da violência e pelo mau funcionamento das instituições de segurança e justiça.
De todas as mudanças que ocorrem no cenário político brasileiro, as práticas policiais sofreram poucas mudanças.
Sua principal característica tem sido o uso excessiva da força, expresso, por um lado, na desproporcionalidade de agentes por caso, em média, e, por outro, nas altas taxas de letalidade em que resultam os confrontos.
A ausência de respostas do poder pública nestes casos somente contribui para agravar o quadro de descrédito destas instituições junto à população.

Referências Bibliográficas:

KUPPER, Agnaldo. Sociologia Livro Único. 1ed. São Paulo: Editora Poliedro. 2010. 281p.
SORJ, Bernardo. brasil@povo.com: a luta contra a desigualdade na Sociedade da Informação. Rio de Janeiro : Jorge Zahar ED. ; Brasília, DF: Unesco, 2003.
GULLO, Álvaro de Aquino e Silva. Violência urbana: um problema social. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 10(1): 105-119, maio de 1998.
OBJETIVO. Caderno de Sociologia: material modular 9. Criminalidade e Violência. 2015. 6p.


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