Ciclo da desgraça: Variações climáticas, subnutrição crônica tem como resultado a penúria e a fome reforçando as epidemias. Com as mortes em grande escala há a impossibilidade de trabalhar a terra e consequentemente o ciclo se instaura.
François Lebrun em sua obra expõe “homens vivem mal e encontram-se desgraçadamente vulneráveis...” Para ele a miséria é a causa e a conseqüência dessa situação, na província francesa de Anjou, que predominava no plano demográfico e sanitário.
OBS: Essa situação ainda permanece em países de terceiro mundo.
Visão religiosa: ideia de punição divina. Missas com igrejas revestidas com cortina negra onde a terra era depositada na cabeça dos doentes como símbolo de sua morte. A penitência e purificação da alma como o melhor remédio [ideia aceita pelos médicos]. O flagelo e autoflagelação – expressão extremada.
Fim das Epidemias: Acredita-se na rarefação por competição entre bactérias e doenças diferentes. Justifica-se pelas medidas de proteção contra o contágio.
Medicina tem papel limitado, cabe ao desenvolvimento administrativo, econômico, agrícola, locomotivo e comercial a maior parcela para o fim das epidemias.
A esse processo chamamos transição demográfica, onde a diminuição da taxa de mortalidade tem papel de destaque.
Doenças não epidêmicas: Tuberculose (Tísico) – responsável por 25% das mortes até ¼ do séc. XIX.
Fase romântica: jovens ricos, bem dotados e sensíveis, mulheres e poetas mais atingidos. Doença hereditária. A febre é a brasa que arde às almas.
Fase Realística: Final do Séc. XIX. Atingem pobres e proletariados das grandes cidades. Doença típica da miséria e casebres. Não é hereditária. Descobre-se o vírus e se inicia uma luta médica moralizante. Causas: falta de higiene: sinal de degradação/imoralidade. Assume dinâmica de grandes epidemias, mas não mata em massa, sendo assim excluída do fenômeno coletivo. É individual e lenta, uma forma de vida e morte. Viagens sugeridas num primeiro momento, substituída pelo sanatório. Abre-se para visitas e permitem-se os estudos universitários, sendo o telégrafo um grande aliado. Mundo a parte (microssociedade) com costumes próprios.
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