A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA NA ESCOLA FRENTE À DIVERSIDADE
INICIANDO NOSSA CONVERSA
CIDADANIA – Qualidade de
cidadão
DIVERSIDADE – diferença,
dessemelhança
Questão primordial: Como
integrar esses três conceitos
A Fundamentação Filosófica
O
respeito à diversidade, efetivado no respeito as diferenças, impulsiona ações
de cidadania voltadas ao reconhecimento de sujeitos de direitos, simplesmente
por serem humanos.
Suas
especificidades não devem ser elemento para a construção de desigualdades,
discriminações ou exclusões, mas sim, devem ser norteadoras de políticas
afirmativas de respeito a diversidade,
voltadas para a construção de contextos sociais inclusivos.
Fundamentos
– dispositivos legais e políticos – filosóficos :
Acolhimento
à diversidade humana
Acesso
aos espaços comuns da vida em sociedade (escola, família, lazer, trabalho,
esporte, etc.)
Equiparação
de oportunidades sociais.
Inclusão onde?
Inclusão
de quem?
Diz respeito aos sujeitos aos quais se refere (minorias étnicas, religiosas, de grupos sociais em desvantagens, de pessoas que freqüentam ou não a escola, que estejam ou não em situação de deficiência...).
Inclusão como?
A Escola
Inclusiva é Espaço de Construção de Cidadania
A
escola é um dos principais espaços de convivência social dos seres humanos. Ela
tem papel primordial no desenvolvimento da consciência de cidadania e de
direitos, já que é na escola que a criança e o adolescente começam a conviver
num coletivo diversificado, fora do contexto familiar.
Barreiras...
Muitos
estudantes encontram barreiras para se encaixar no esquema escolar rígido que
ignora sua realidade cotidiana de vulnerabilidade social ou o simples fato de
que muitos estudantes não encontram na escola sentido para suas vidas...
Ainda na escola...
...pressupõe a remoção de barreiras para a aprendizagem e para a participação de todos, o que significa pensar nas barreiras enfrentadas pelos alunos e naquelas experimentadas pelos educadores e pelas famílias, interferindo no processo de construção dos conhecimentos, pelos alunos.” (CARVALHO, 2004)
QUEM SÃO OS ALUNOS QUE
FRACASSAM NA ESCOLA?
•Gênero?
•Etnia?
•Classe Social?
•Trajetória Escolar?
•Quais particularidades/diferenças apresentam?
•Etnia?
•Classe Social?
•Trajetória Escolar?
•Quais particularidades/diferenças apresentam?
Grupos
sociais em desvantagem sócio-econômica, como pessoas com deficiência, crianças
e jovens indígenas, quilombolas, crianças de rua ou áreas remotas.
Além
daqueles que tem acesso, mas sofrem com a crença de que não são capazes de
aprender.
O alto número de alunos
e alunas que fracassam e se evadem das escolas brasileiras torna necessário e
urgente – além de garantir o acesso a matrícula – a revisão do processo
educacional enquanto cultura, políticas e práticas existentes afim de
identificar procedimentos excludentes.
PAPEL DA EDUCAÇÃO E
DA CULTURA NA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA
Objetivo maior de toda a
educação escolar:
Formar
cidadãos autônomos, capazes de atuar com competência e dignidade no exercício
de seus direitos e deveres, assumindo a valorização da cultura de sua própria
comunidade, ou seja exercer plenamente a cidadania.
Família,
Escola e Cultura
A cultura e a educação têm relações profundas
que precisam ser consideradas.
Tanto
a família como a escola ou educação escolar são responsáveis pela formação
cultural, porém segundo Erny (apud Turquino, 2007) a família exerce essa ação
informalmente, sem perceber, enquanto a escola de forma formal.
Sociedade
e cultura
Tanto
a sociedade como a cultura operam na construção do indivíduo.
A
sociedade organiza e estrutura os grupos humanos.
A
cultura imprime as maneiras de viver e pensar.
Logo o
indivíduo é produto de sua cultura e
carrega uma visão de mundo de acordo com sua cultura.
A cultura é para nós o que a água é para o peixe. [...] é na cultura que se geram a consciência e o pensamento. Nós somos paridos pela cultura; vivemos dentro e ela é o ambiente humano. (Pantoja, 1999)
Aprendendo
a ser cidadão
Ser
cidadão é algo que se aprende nas interações com os grupos, no cotidiano, na
convivência com seus pares , nas experiências de vida.
A
cidadania não se dá como algo natural e inato nas pessoas, é construída.
A cultura é um alicerce para realizar tal
tarefa. É pelo seu fortalecimento e valorização que se desenvolve nas pessoas o
sentimento de pertencer, o que é uma base para a cidadania. Por isso a necessidade
de reforçarmos em nosso ambiente cultural, na casa e na escola, os valores
democráticos e humanísticos.
Educando
para a cidadania na família
A
família é o primeiro mundo da criança, o lugar onde se tem a oportunidade de
desenvolver a afetividade, o aconchego, a proximidade das relações humanas. É
também um lugar de conflitos, de aprendizagem de limites, de reconhecimento de
erros e de reconciliação.
A
criança precisa de referência da família e de certeza de pertencer a ela.
Educando
para cidadania na escola
Para
poder participar dos frutos do progresso tecnológico, não basta acesso a eles,
mas competência e habilidade para bem
usá-los em benefícios de todos.
Tornamo-nos
aprendizes na sociedade do conhecimento; cada vez mais é preciso saber lidar
com novas situações que se apresentam no
cotidiano profissional e comunitário.
REFERÊNCIAS:
DUCK, Cynthia (org.). Educar na diversidade: material de formação docente. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial, 2005.
TURQUINO, Gisele Braile. Papel da educação e da cultura na construção da cidadania. (In) TORRES, Patricia Lupion (org.). Alguns fios para entretecer o pensar e o agir. Curitiba: SENAR/PR, 2007.
BRASIL. CP. Código Penal. Lei nº7716, de 05 de janeiro de 1989. Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou cor.
BRASIL. CP. Código Penal. Lei nº9459, de 13 de maio de 1997. altera os arts. 1º e 20 da Lei 7716, de 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, e acrescenta parágrafo no art. 140 do decreto-lei e 2848, de 7 de dezembro de 1940.
BRASÍLIA. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo grupo nomeado pela portaria nº555/2007, prorrogada pela portaria nº948/2007, entregue ao Ministro da Educação em 07 de janeiro de 2008.
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