Kuhn se opõe a uma
ciência tradicional.
1.
Realismo: conhecer o mundo real e único.
2.
Demarcação: Distinção entre ciências e
outras.
3.
Ciência cumulativa: acréscimo de
conhecimento novo aos já existentes.
4.
Distinção teoria e observação: as
observações são independentes da teoria e servem para o seu controle.
5.
Fundamentos das hipóteses e teorias: são
fornecidos pela observação.
6.
Estrutura hipotético-dedutiva das
teorias.
7.
Universal de termos científicos.
8.
Contexto de justificação: É lógico e
diferente de contexto de descoberta (psicológico) científico.
CONHECIMENTO – CRISE –
PROPORCIONA REVOLUÇÃO = NOVA CIÊNCIA (NORMATIZAÇÃO DA PRÁTICA CIENTÍFICA).
PARADIGMAS – DIVERSOS
CONCEITOS – VISÃO DE MUNDO – CONJUNTO DE VALORES PARTILHADOS (CARÁTER
RELATIVISTA) – GRUPOS DE PESQUISAS- REALIZAÇÃO CIENTIFICA (SOLUÇÃO DE
PROBLEMAS).
Na hora de se fazer
ciência é preciso escolher uma linha epistemológica. Não há como ser cientista
sem pertencer a um grupo científico.
Substitui-se o
paradigma por outro, novas maneiras de ver as coisas, novos problemas geram
novos paradigmas. Redireciona o olhar cientifico e por isso se chama Revolução.
Incomensurabilidade:
evidencia um caráter não cumulativo, ou seja, não há como usar termos
anteriores na nova ciência. Ao retomar antigos conceitos podem não compreender
a pesquisa do passado, mas essa serve para reportar historicamente e só por
essa via entender a razão de conceito anterior. Taxonomia (NOME) como definição.
Ciência não Cumulativa:
não há comunicação entre paradigmas. Só sabemos como se chegou a uma nova
teoria por meio da história. As questões mudam, por conseguinte as respostas. É
a crise paradigmática, ou seja, novos conhecimentos não são a soma de anteriores.
Gestáltica: nova
gestalt, nova maneira de ver o mundo dificultando a ideia anterior.
Tabela
1.1 – concepção e principais objeções a sua abordagem:
Concepção herdada da ciência positivista e
normativa
|
Mudanças nas concepções positivistas da ciência
|
|
|
Fonte:
Moya Otero (1999, 44-45).
BASES
DO EXISTENCIALISMO FENOMENOLÓGICO PARA A PESQUISA QUALITATIVA EM PSICOLOGIA
Ambos datam do séc.
XIX, porém são teorias distintas.
É a teoria que orienta
como fazer pesquisa.
A matriz maior do
existencialismo está na fenomenologia, porém propõe enfoques diferentes.
Os processos sociais
(atuação do homem transforma o mundo).
Os modos de organizar a
vida influenciavam novos modos de pensamento.
Crise do enfoque POSITIVISTA nas ciências recém-nascidas:
Sociologia, Antropologia e Psicologia.
Vygotsky fala da crise
da Psicologia. Heidegger está no campo da fenomenologia e mais tarde se torna
existencialista.
Na fenomenologia temos
Husserl como maior expoente, já no existencialismo Heidegger e mais tarde
Sartre – 2º momento pós sec. XXI.
Quadro
comparativo entre Fenomenologia e Existencialismo
Fenomenologia
|
Existencialismo
|
|
|
EXEMPLO DE UM ESTUDO:
“SER
MÃE” + DEFICIÊNCIA
Entrevistas e aquisição
dos depoimentos – técnicas.
Teoria Fenomenológica
Existencial – Referencial Filosófico.
Objetivo:
Buscar o sentido na
óptica da mãe, como elas se constituem no mundo
partir de seus significados. De suas vivencias e interações.
Ser com o outro; ser
com o filho, “Ser mãe” (não existe um abstrato) e temporalidade.
Consciência das
possibilidades e o que agiu na escolha dessas possibilidades.
Existência:
a) Autentica
– acolhe o filho = bom.
b) Não
autentica: não acolhe o filho = ruim.
Busca
de descrições acerca de suas experiências.
Significados
do vivido à luz da totalidade.
Unidades
de significação.
a) O
que é figura e fundo?
b) Qual
o fenômeno processo?
c) Delimitar
ou abrir a lente, o recorte?
d) O
que é principal e o que é complementar?
e) O
que é possível conhecer com determinados meios e recursos?
1)
Psicologia e Educação: desenvolvimento
de crianças e adolescentes.
2)
Psicologia Social: comportamento,
cultura e Sociedade.
3)
Psicologia e Políticas Públicas de
saúde.
METODOLOGIA FENOMENOLÓGICA EXISTENCIAL
Como os autores raciocinam para
racionalizar os dados?
·
Investigar a realidade a partir de como
as pessoas experienciam a realidade.
·
Sistematizar o que é vivido.
·
Descrições de pessoas e suas vivencias.
·
Significados (luz da totalidade) do que
é vivido.
·
Experiência dentro do mundo cultural e
social.
UNIDADES DE SIGNIFICAÇÃO
Descrições depoimentos e analisar esses depoimentos (momentos de
entrevistas).
Fenômeno pesquisado = toda descrição.
1º
Passo:
Ler a descrição do princípio ao fim.
Familiarizar-se, calçar os sapatos, significados da vivencia.
Leitura flutuante
– não é truncada por grifos, mas percebida livremente.
2º
Passo:
Marcar trechos que se destacam. O que é
prioridade. Significados como figuras ao fundo. Ressaltam-se como figuras que
tem uma história da vida das pessoas.
3º
Passo:
Terceira leitura do material com os
significados evidenciados, buscando as Unidades de Significação.
Significado comum – partes que se repetem e se complementam.
Qual insight psicológico nelas contido?
Qual a experiência psicológica que se
relaciona ao fenômeno enquanto significado?
4˚
Passo˸
Um dos mais importantes. Formular uma
proposição consistente referente a experiência do sujeito / fenômeno.
ESTRUTURA DA EXPERIENCIA
Síntese de todas as unidades – relações
entre teoria e descrições.
CONSTRUCIONISMO
SOCIAL
Da uma certa
desestabilizada. Não é uma teoria, mas um movimento filosófico epistemológico. Ideia
comum: “a ciência e o conhecimento que discutem teoricamente e
filosoficamente o conhecimento”.
BASE FILOSÓFICA WITTGENSTEIN.
Modos de conhecer,
sujeitos conhecem, sobre a ciência moderna. São estudos da filosofia da
linguagem.
Hoje fala-se em:
Perspectiva
construcionista social em Psicologia.
Perspectiva teórica pós-moderna.
Está em processo uma
revolução do pensamento, práticas de passagens do séc. XX ao XXI.
Como o paciente é
conhecido pelo seu terapeuta?
A clínica é o campo
construcionista. Clínica da pós-modernidade. Marcada pelas mudanças rápidas,
tecnologias, desconstruções, etc.
“Como
damos sentido ao mundo que vivemos”?
Interface com a
história, antropologia, filosofia e epistemologia.
Presença do
Relativismo, ou seja, tudo é relativo e depende do ponto de vista. Não há
verdade absoluta.
CONTEXTO
DE EMERGENCIA DO MOVIMENTO CONSTRUCIONISTA SOCIAL
Tem origem na filosofia – Reação ao
representacionismo (idealismo), na Política
porque a ciência tem papel no empoderamento e emancipação e na Sociologia do conhecimento: pela
desconstrução da retórica da verdade. Estudos de gênero.
Ancestrais da
Sociologia do Conhecimento: Marx (atividade humana e consciência), Nitzche e
Wilhen Dilthey.
Livro: A construção
Social da Realidade (Peter Berger e Thomas Luckman).
Valorização do
conhecimento de senso-comum – pessoas - cotidiano. Esse constitui o tecido de
significados sem o qual nenhuma sociedade pode existir (Berger e Luckman).
Como, então,
significados subjetivos que constituem o senso-comum se tornam fatos? Pela
tipificação, institucionalização e socialização. Processos de conservação e
transformação social.
DA
SOCIOLOGIA DO CONHECIMENTO À PSICOLOGIA SOCIAL
Anos 50/60 - Há uma
reação contra o positivismo. Contra os paradigmas dominantes do “fazer
ciência”.
Anos 70 - Criticas a
uma naturalização (explicar algo como se fosse natural “essência”) e
individualização do fenômeno psicológico. Despolitização da Psicologia Social.
Focos: momentos de
interações sociais. Processos de produção de sentidos: como eles se dão? Diferença
entre sentidos e significados.
Quais processos que
ocorrem para a relação de austeridade em contraste com o outro?
Kenneth Gergen bebe
desses autores e propõe uma perspectiva construcional em psicologia.
Relação feita a dois. O
mundo é construído por nós todos e nas relações sociais.
Nós construímos o mundo
no qual vivemos ao nos comunicarmos. Tudo que consideramos real é resultado de
uma construção social.
“Nada
é real a menos que as pessoas concordem que assim seja”.
Realidade é igual a
base sempre de uma tradição ou perspectiva cultural.
Nada existe pra nós X
Nada existe.
BASES
CONSTRUCIONISTAS SOCIAIS: IDEIAS BÁSICAS DO CONSTRUCIONISMO
1)
O mundo que vivemos é construído
pela comunicação.
2)
Pessoas constroem o mundo de forma
diferente e essas diferenças são as raízes das relações sociais. São essas
relações que fazem o mundo ser o que é.
3)
A base da realidade é sempre
cultural e uma tradição.
4)
A linguagem é uma prática social.
REALIDADE DA MORTE
O pai morreu – foi para
o céu – sempre viverá no seu coração – vive no legado de suas boas obras.
Essas realidades se
colocam na linguagem que é uma forma de prática social que constrói verdades.
Verdades que a cultura trás e que são verdade, porque mobilizam afetos nas
pessoas e trás uma existência. Morte do sujeito (extremo) – negação da
existência de um ser fluido. No caso do pai ele realmente continua vivo porque
vive no coração e no legado de suas obras. Ex: Elvis Presley, Martin Luter
King, etc. O construcionismo não é uma teoria psicológica.
Materialismo histórico
dialético é diferente do construcionismo, pois enquanto que para Vigotsky a
linguagem é um signo e um instrumento que possibilita um fim para o construcionismo
a linguagem é a ação em si é a prática social. Palavras não são imagens
(reflexos e signos), tão pouco instrumento mediador, elas efetuam relações.
O sentido é dado pelo
momento e as interações. Exemplo: placas indicadoras de perigo como ordens,
dependem da perspectiva de quem lê. Elas informam ações esperadas.
Enquanto que para um
leigo banhista uma placa de Perigo: ondas altas; será entendida como um recado
para seu afastamento da área, para um surfista será um convite a aventura.
TRABALHO
DE CAMPO: TECNICAS – PESQUISA QUALITATIVA
Década de 60 Séc. X. –
surgimento dos debates das ciências tendo T. Kuhn como expoente e autor do
livro: Estrutura das Revoluções Científicas. Visibilidade da Escola de
Frankfurt – teoria crítica: críticas às ciências modernas.
T Kuhn divide as
revoluções científicas – paradigmas. Instaura-se a crise do paradigma
positivista ou empírico lógico e um fortalecimento da pesquisa qualitativa: PARADIGMA
QUALITATIVO.
FASE
EXPLORATÓRIA
|
FASE
DE CAMPO
|
ANALISE
DE DADOS
|
|
|
ABORDAGEM TECNICA
Observação etnográfica
– vem da Antropologia. Com o tempo estabeleceu-se só dois tipos de observações:
1) Participante
2) Não
participante.
O
que determina que a observação determinada é mais interessante? É a pergunta, o
fenômeno e o campo.
INTERACIONISMO (VYGOTSKY) E TEORIA
SOCIAL (MARX): OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE
Todas as práticas
tinham a ver com os sentidos atribuídos pelas pessoas. Interações simbólicas –
dia-a-dia (aquilo que produzimos não tem peso da base material, mas das
particularidades).
Origens antropológicas
e sociológicas. Sócio-psico-social (pensam diferente essa relação indivíduo e
sociedade). Interacionismo X Teoria de Marx.
USA, anos 20/30 –
problemática social – conscientização (compreender e dar respostas) –
delinquência juvenil, prostituição e criminalidade.
Não há relação direta e
sim mediada. Base material para a subjetividade.
Interacionismo –
diferente de entender a interação participante. Olha a realidade particular da
instituição e depende da interação das pessoas daquela realidade.
Materialismo-historico-dialetico
– coisas de fora determinam o que acontece dentro da instituição.
Antropologia – pesquisa
grupos sociais estranhos e sua cultura (outros continentes). Povos de culturas
diferentes. Mapear as diferentes possibilidades de modos de vida e produção
cultural – valores, afetos, práticas, etc.
Em comum – ver o mundo
através dos olhos dos pesquisados interações face a face, corpo a corpo. Mais
externo, mais objetivo (neutralidade), embora não seja possível uma
neutralidade em sua totalidade.
Ex: estudar prostitutas
em um município de Campinas. Conhecer por dentro. O trabalho, as dimensões da
vida, se é casada ou solteira.
A observação
participante é olhar com o olhar do outro.
ALGUMAS
DEFINIÇÕES (VÁRIOS TIPOS)
Compartilhar –
consciente e sistemático (depende das circunstancias).
Cada tipo tem
potenciais limitantes ou não – atividades da vida. “Livre para ver”.
Não é por gosto e não há como conhecer de outra maneira a não ser mergulhar
naquela realidade.
“Presença do observador
para o fazer científico”. Tem um objetivo que é
investigativo (no ambiente natural).
PARA
ORGANIZAR A OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE
CAMPO
OBSERVADO
1) O
processo na totalidade no modo como o pesquisador experiência. Olhar
panorâmico, mais abrangente. Descrição do processo total. Funcionamento
interno: físico e psicossocial.
2) Partes
e elementos do todo. Sobgrupos, subáreas, relações entre setores, processos
menores que constituem o maior. Tem relação com a totalidade, diferente pela
qualidade.
3) “Próprio
pesquisador” como instrumento humano. Observa e quando alguém reage há
interferência. Isso é, há uma resposta a sua presença. Observa, interpreta, modifica
o campo. Sua relação com o todo que constituem o processo.
RISCOS
E FRAGILIDADES
·
Perder a neutralidade e objetividade
(método clássico).
·
Não é possível generalizar resultado.
·
Fronteira “nebulosa” – pratica científica
e política.
·
Flexibilidade e fatores de contaminação
(vieses do pesquisador).
1)
Sócio cultural (classe social)
2)
Profissional ideológico
3)
Interpessoal (competência)
4)
Emocional
5)
Normativo
Reconhecer
para assumir e explicitar (não negar o viés enquanto fenômeno universal) que
não é absoluto.
A pesquisa qualitativa
– toda pesquisa tem um viés. Tem obrigação a parte de si para explicar o fato.
Ao interpretar a
realidade e se isso parte de minha observação devo me incluir nela, inclusive
sobre minhas reações. Essa observação Dara riqueza de detalhes.
ENTREVISTA – ROTEIRO DE
ENTREVISTA
COMPONENTES:
Entrevistador
Entrevistado
A situação da
entrevista
O roteiro
1) Apresentação,
aquecimento
2) Desenvolvimento
3) Encerramento
– agradecimento – informações
Primeiramente devem-se
captar as características das pessoas que tambem servirá na Analise dos dados.
Separa questões:
OBJETIVAS E SOCIO
DEMOGRÁFICAS
SUBJETIVAS (EXIGEM MAIS
INFORMAÇÕES)
MODALIDADES:
Estruturada
Não estruturada
Semi-estruturada
(blocos de temas) exige a divisão por temas.
Estrutura, processo e
sequencia - definição prévia.
Padronização e singularização.
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