sábado, 14 de abril de 2018

E A SÍRIA COMO ESTÁ?

POR DAMARIS ALCÍDIA DA COSTA MELGAÇO

Em tempos de anúncio de guerra, para se pensar.

O mundo sempre foi disputa de poder e território.

As coisas foram evoluindo, mas territorialização foi a primeira ação humana para demonstrar poderio.

Mesmo no cultivo da agricultura em épocas mais remotas e as barganhas que já faziam do produto da terra a moeda de troca pelo trabalho. Se plantei é meu.
A vida evoluiu, as sociedades se agigantaram sempre por busca de territorialização e demarcação de espaços. Basta lembrar das grandes muralhas.
Fala-se tanto de um Capitalismo Industrial, mas a meu ver (rsrs) sempre foi assim porque a lógica é a mesma. Seja na concepção do estrangeiro, escravo de guerra, exilados em terra estranha aos vassalos, Suzeranos/Senhores Feudais.
A separação de classes sempre esteve ali. Sempre existiu o explorado e o explorador. Com a Industrialização apenas oficializou-se em nomenclatura o poder ditatório.
Dizem por aí (rsrs) que o homem inverteu as coisas dando ao Estado o status de Deus. Haja visto, nunca se viu tantos consumistas, reacionários, etc. Segundo esses pensadores "O mito da deidade" representa os desejos antropomórficos.
Balela! A deidade sempre existiu e continua existindo, embora essa ideia do abandono deístico por coisas nunca tenha sido recente ou novidade. Independente dos seus deuses os homens sempre delegaram aos seus imperadores esse poder. As tribos mais remotas sempre evocaram miticamente seus chefes e governantes e deram a eles esse status. Se não eram deuses detinham algum poder místico. Entenda que o Estado Capitalista apenas deu ao homem o que ele já buscara. Basta estudar a história dos povos para ver em todas as culturas essa gênese.
Deus sempre foi relegado a segundo plano. Porque ninguém quer viver do abstrato. Deus não representa o homem, pelo menos essa ideia de Deus Cristo e que é a base da cultura ocidental. Quem quer um Deus que prova amor se entregando, morrendo por amor. Quem quer um Deus que não veio estabelecer um governo humano? Não é um grande chefe guerreiro e libertador? Quem quer um Deus que diz para amar os inimigos e orar pelos que os perseguem? Quem quer um Deus que perdoa pecados e devolve dignidade aos homens? Quem quer um Deus que descortina as teias da religiosidade farisaica para uma verdade: "a podridão interna"? Ninguém quer esse Deus porque Ele não representa antropomorficamente a imago humana. Não é a toa que o Cristo foi dilacerado e consumido.


https://www.youtube.com/watch?v=DYxWM6Lgvq0


LEIA SOBRE:

http://www.scielo.br/pdf/mana/v4n1/2426.pdf

UMA ETNOLOGIA DOS “ÍNDIOS MISTURADOS”? SITUAÇÃO COLONIAL,

TERRITORIALIZAÇÃO E FLUXOS CULTURAIS*

João Pacheco de Oliveira

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