sábado, 21 de abril de 2018

COMPORTAMENTO REFLEXO E OPERANTE: GENERALIZAÇÃO: TREINO DISCRIMINATIVO: ENCADEAMENTO: VARIABILIDADE: OPERAÇÕES ESTABELECEDORAS



RESUMÃO: PARA MAIORES INFORMAÇÕES LEIA OS TEXTOS DA BIBLIOGRAFIA :)

O QUE É EM TERMOS DE CONTINGÊNCIA? SUAS DIFERENÇAS:

COMPORTAMENTO REFLEXO
COMPORTAMENTO OPERANTE

RELAÇÃO                   S =====> R
Onde a função é ELICIAR a resposta, ou seja, ocasiona ou garante a ocorrência da resposta.
 

RELAÇÃO         S ====>  R ====> C
Onde a função é DISCRIMINAÇÃO da resposta, ou seja, a R é emitida e não eliciada.
SD é o que discrimina uma situação na qual a probabilidade de ocorrer uma resposta aumenta.
A discriminação estabelece a ocasião no qual se a R for emitida há alta probabilidade de ela ser reforçada,ou seja, aumenta a probabilidade da R.

Qual é o foco de análise? A ênfase está em que?

COMPORTAMENTO REFLEXO
COMPORTAMENTO OPERANTE

A ênfase está no ESTÍMULO
E no pareamento dos estímulos

A ênfase está na CONSEQUÊNCIA, pois é nela que há condicionamento.

Qual é o tipo de Causalidade?

COMPORTAMENTO REFLEXO
COMPORTAMENTO OPERANTE

Relação de NECESSIDADE

Relação Probabilística

Por meio de qual procedimento de Aprendizagem ocorre?

COMPORTAMENTO REFLEXO
COMPORTAMENTO OPERANTE

Do CONDICIONAMENTO REFLEXO, respondente ou Pavloviano que vai ocorrer via pareamento de S.

Do CONDICIONAMENTO OPERANTE, que vai ocorrer via Reforçamento.




O REFLEXO INATO:

EXISTEM TRÊS LEIS OU PROPRIEDADES DO REFLEXO INATO:

1. Lei da Intensidade/Magnitude: quanto > for a intensidade, > será a magnitude e quanto < for a intensidade, > será a magnitude.

2. Lei do Limiar: para todo reflexo, existe uma intensidade mínima do Estímulo necessária para que a resposta seja eliciada. Ex: A batida do martelo no joelho. É necessário que essa atinja uma intensidade mínima do S para que a resposta reflexa de movimento patelar ocorra. Se o limiar não for atingido a resposta não ocorrerá.

3. Lei da latência: Existe um tempo entre a apresentação de um S e a ocorrência da resposta. Quanto > for o S,> menor será a latência (tempo). Quanto < for o S, > será a latência (tempo) para que a resposta ocorra. Ex: uma luz (S) repentinamente forte rapidamente (espaço curto/tempo) terá como resposta reflexa a dilatação da pupila. Caso a luz (S) seja emitida de forma gradualmente crescente, a Resposta será mais demorada, ou seja, a latência (espaço longo/tempo) será maior.

O REFLEXO APRENDIDO/CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO

1. O cond. Pavloviano ocorre na:

Apresentação de um estímulo neutro mais um estímulo incondicionado para uma resposta incondicionada (inata). Depois de ocorrer vários pareamentos ou emparelhamentos o estímulo condicionado eliciará uma resposta condicionada:

QUAL A DIFERENÇA DO REFLEXO CONDICIONADO E DO REFLEXO INCONDICIONADO?
A diferença está que o RI é inato, ou seja, não aprendido. É decorrente de uma necessidade. Ex: Fome (necessidade) – apresentação de comida (S) – salivação (R). Já a RC é eliciado (aprendido). Ex: Fome (necessidade) – som de uma sineta (fábrica) – salivação - apresentação da comida. Antes mesmo de ver a comida ou sentir fome a sineta do Intervalo na fábrica já gera a salivação porque o funcionário sabe que virá comida (está na hora) foi eliciado por pareamento.

Se um estímulo adquiriu função eliciadora significa que houve condicionamento.

3. Como ocorre a extinção respondente?

Retirando do evento definitivamente o Estímulo Incondicionado. Há o abortamento da eliciação, ou seja, acontece um “stop parada” do pareamento. Apresenta-se o SC (sineta) sem a presença do SI (comida), então o animal perceberá que aquele estímulo não está mais relacionado com a comida. Então, pode-se dizer que a extinção de uma resposta reflexa incondicionada é atingida quando o estímulo condicionado é apresentado sucessivas vezes sem a apresentação do estímulo incondicionado.

4. GENERALIZAÇÃO

Certa vez um estímulo neutro/condicionado eliciou “medo” numa criança via pareamento. Essa adquiriu medo de qualquer objeto parecido como Sn/Sc. A isso chamamos generalização, ou seja, após um condicionamento, estímulos que se assemelham fisicamente ao SC podem passar a eliciar a RC em questão. Estímulos semelhantes também adquirem função de eliciação. Ex: Uma criança eliciada por Sc adquire medo de rato, como no caso do Pequeno Albert, então as semelhanças entre o Sc e outros S eliciam também como resposta o medo. Então um coelho, algodão ou uma barba branca eliciam em maior ou menor grau a resposta condicionada “medo”. Há variação na Magnitude da resposta em função das semelhanças físicas entre os estímulos.


1. COMO OCORRE O CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO DE ORDEM SUPERIOR?

Elicia uma segunda resposta condicionada via pareamento
Quando um SN é emparelhado com um SC temos um condicionamento de ordem superior. Ex: A buzina (SC) + A bola (SN) = Medo (RC)


2. COMO SE ESTABELECE UM CONTROLE DE ESTÍMULOS (DISCRIMINAÇÃO)/COMPORTAMENTO DIFERENCIAL?
EXIGE:

1. Pelo menos uma classe de Respostas

2. No mínimo duas situações:
Conjunto de Estímulos SD e Conjunto de Estímulos SΔ.

SD - Aumenta a probabilidade

SΔ – Diminui a probabilidade.

TREINO DISCRIMINATIVO: Reforçamento das respostas diante do SD e não do SΔ. EX:. O aluno manda mensagem de madrugada para o seu orientador profissional. O mesmo não responde nesse horário, mas responde no horário comercial, ou seja; no horário inadequado o aluno obtém nenhuma resposta, mas no horário convencional recebe a resposta. A tendência é começar a enviar mensagens no horário comercial.

Então, é um produto de uma história de reforçamento, onde o RDiferencial ocorrerá dependendo do S presente e também da apresentação de determinado S que vai alterar a probabilidade da emissão da R.

3. ENCADEAMENTO

Em uma cadeia de respostas o S (estímulo) tem duas funções: Quais?


A resposta produz um estímulo com duas funções.

Exemplo de Encadeamento:

Nome próprio:

R/SD   =======>   R/SD ===> R/SD ===> R/SD ===> R (Reforçador Final)

MONALISA DE FÁTIMA FREITAS CARNEIRO LEÃO
IMPORTANTE: A função de Reforçador Condicionado é pra resposta que já ocorreu e o Estímulo Discriminativo sinaliza a ocasião para a próxima resposta. 

O efeito do reforço sempre na resposta que ocorreu é para trás e o estímulo discriminativo para frente. TODO SD TEM FUNÇÃO DE REFORÇADOR CONDICIONADO.

1. VARIABILIDADE COMPORTAMENTAL:

Por que é importante?


Variabilidade é o que é selecionado. É a matéria prima para a atuação do processo de seleção. Ela é produzida pelo reforçamento.

Estudos mostram que há duas fontes de variabilidade. São elas:

a) Induzida: produzida indiretamente pelas contingências de reforçamento (reforço não contingente a variação).

b) Operante: produzida diretamente pelas contingências de reforçamento (reforço é contingente a variação, ou seja; ele depende da ocorrência da variação).

Variabilidade é suscetível ao controle operante?


Sim. Estudo da Variabilidade sobre controle operante. ➢Resultados de estudos sugerem que: reforçamento contingente aumenta a variabilidade comportamental. ➢Page e Neuringer (1985): variabilidade poderia ser diretamente controlada pelo reforço. ➢Critério de variação: Lag (exemplo Lag 1 = reforço se sequência).

2. OPERAÇÕES ESTABELECEDORAS:


AFETAM O COMPORTAMENTO DE DUAS FORMAS:


a) Estabelecedora: Valor reforçador das consequências aumenta a efetividade do reforçador. EX: Privação- A OE porque estabelece água como Reforçador.

b) Evocativa: Evoca resposta, ou seja; aumenta a frequência das respostas. Muito parecido com SD. EX: Privação – Evoca a resposta de alimento.

Existem dois tipos de OE:


Condicionadas:
São aprendidas. Ex: Cigarro na mão aumenta o valor reforçador do isqueiro.

As condicionadas são subdivididas em três tipos:

1. Substitutivas

2. Reflexivas

3. Transitivas


Incondicionadas:
Não são aprendidas. Inatas: Ingestão de sal/naturalmente a resposta é água, mudança de temperatura. 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Encadeamento:
Millenson, J. R. (1975). Princípios de análise do comportamento (A. A. Souza e D. Rezende, trads.). Brasília: Coordenada. Publicado originalmente em 1967. Cap. 12 (até a pg. 262).

Controle de estímulos:

Sério, T. M., Andery, A. A., Gioia, P. S., & Michelleto, N. (2008). Controle de estímulos e comportamento operante: Uma nova introdução. São Paulo: EDUC. Cap. 1 e 2

Variabilidade comportamental e estereotipia:
Abreu-Rodrigues, J., & Ribeiro, M. R. (Orgs.) (2007). Análise do Comportamento: Pesquisa, teoria e aplicação. Porto Alegre: Artmed, 2007. Cap. 11

Operações motivadoras:

Hubner, M. M. C., & Moreira, M. B. (2012). Temas clássicos da psicologia sob a ótica da análise do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara. Cap. V

Reflexo inato:
Moreira, M. M, & Medeiros, C. A. (2007). Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed. Cap. 1

Condicionamento pavloviano:
Moreira, M. M, & Medeiros, C. A. (2007). Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed. Cap. 2

Metodologia da pesquisa em AEC:
Sampaio, A. A. S., Azevedo, F. H. B., Cardoso, L. R. D., Lima, C., Pereira, M. B. R., & Andery, M. A. P. A. (2008). Uma introdução aos delineamentos experimentais de sujeito único. Interação em Psicologia, 12(1), 151-164.

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